tag:blogger.com,1999:blog-65812922051014185652024-03-05T23:31:59.537-08:00Casa do Mundo - J. Lirajuliols@oi.com.brJ. Lirahttp://www.blogger.com/profile/12676190008960868079noreply@blogger.comBlogger49125tag:blogger.com,1999:blog-6581292205101418565.post-34724549855058555442010-11-10T18:10:00.000-08:002010-11-10T18:19:22.710-08:00Quando se está assim.Quando se está assim tem mesmo é que chorar. Que escutar Maria Bethânia, Rufus Wainwright e Coldplay. Chorar até secar. Aí depois só fica o coração apertado e a cabeça movimentando-se em círculos. Tem que perdoar e liberar perdão. Tem que pensar nas coisas boas e digerir as ruins, pintando-as com cores neutras, para que quase não as perceba mais.<br /><br />De repente ainda sentirá algumas pontadas. Nesse instante, o coração para, a respiração trava e tudo parece não ter mais sentido, mas aí eu respiro forte, deixo o ar do mundo abrir caminho por dentro de mim por alguns instantes e depois o liberto, levando a dor consigo... por alguns tempos.<br /><br />Aí eu espaireço, passeio, assisto filmes, leio livros. Tento. Tento fazer tudo isso. Em raros momentos eu consigo. Mas é assim mesmo. Não é um vício? Pois então..."um dia de cada vez".<br /><br />Dor? Tem pra quem quiser!<br />Mágoa? Nenhuma.<br />Arrependimento? Tem o necessário.<br />Amor?<br /><br /><br />-<br /><br /><br /><br /><p>Chora, desabafa seu peito,<br /> Chora, você tem o direito,<br /> Se tratando de amor<br /> qualquer um pode chorar.<br /> Não se envergonhe do pranto que é<br /> privilégio de quem sabe amar</p> <p>Quem não teve amor nunca sofreu,<br /> E desconhece o que é agonia.<br /> Abra o peito e deixe o pranto livre como eu<br /> Ah, desabafe a melancolia.</p><p><br /></p><p>(Chora - Elza Soares)<br /></p>J. Lirahttp://www.blogger.com/profile/12676190008960868079noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6581292205101418565.post-27233852323571237482010-11-08T18:05:00.000-08:002010-11-09T10:36:47.039-08:00Onde está tudo?Fazia tempo que não passava por aqui. Esse é meu refúgio em dias ruins. Aqui eu paro pra lembrar quem eu já fui, o que já pensei. Aqui eu vejo que consegui superar meu penúltimo relacionamento, vejo que cresci, vejo que erro menos gramática, que mudo meu jeito de escrever.<br /><br />Não vou faltar com a verdade: vim aqui para ler o primeiro post (e acho que último que escrevi por aqui) falando sobre uma maravilhosa noite: lua cheia, praia, brisa suave e tanta descoberta e amor e paz e sensação de completude. Acabei de ler algumas crônicas da Tati Bernardi e agora só precisava ler este meu texto, mas eu o apaguei. EU O APAGUEI!! E quase não me perdoo por isso. Acho que foi em alguma briguinha, em algum momento de raiva onde não pensei mais um pouquinho. Agora eu não me lembro, mas tenho certeza de que logo depois da merda feita, me arrependi e o fato já estava consumado. Agora me arrependo de novo, não tem problema. Me arrependo de tanta coisa.<br /><br />Preciso chegar aqui, na minha casa, no meu mundo e ver que ainda, lá no fundo, apesar de todas as mudanças continuo o mesmo. Sofro muito, doe muito, choro muito, mas isso vai <s>ter que</s> passar. Nunca precisei escrever aqui antes porque, no fundo, sempre soube que iríamos voltar. Agora já não é mais assim. Estou mais consciente dos nossos erros. Percebo então que não adianta: cavamos o que tínhamos de cavar.<br /><br />O problema, meus caros, é que eu fujo da dor. Odeio sofrer. Sabe... eu sei que todos odeiam, mas é que eu... é que eu não suporto mesmo. Não tenho chão pra isso. Parece até que fui construindo um Júlio que pudesse evitar possíveis sofrimentos (e nem adiantou, como agora vocês podem ver).<br /><br />Eu sei que vou superar. Não vai ser a primeira vez, mas essa é diferente. Será que todas as vezes são diferentes? Eu me lembro de todas as dores que sofri em outros relacionamentos como se existisse uma gaveta especialmente pra elas, mas não lembro de sentir tudo isso. Ah... não sei.<br /><br />Sei que agora eu quero estar em fevereiro de 2011. Três meses é o tempo perfeito pra tudo cicatrizar, pra ficar tudo no lugar. Agora é o tempo de anunciar promessas de "nunca mais". É tempo de esquecer a regra de ouro do "nunca" e realmente achar que o "nunca" realmente vai acontecer e você vai morrer lindo, solteiro e rrryco. É ser a "loirona gostosa e filha da puta" que a Bernardi fala. I wish...<br /><br />Agora já estou melhor. Acho que consigo dormir.<br />Sabe... sabe quando chega a noite e você precisa ligar pra alguém?!<br />Seus amigos estão dormindo ou estão aconselhando o triste coração que é culpado por minha dor.<br />O tal triste coração está longe. Agora ele está apenas perdido em minhas lembranças.J. Lirahttp://www.blogger.com/profile/12676190008960868079noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6581292205101418565.post-52199225849313073062009-05-27T19:24:00.000-07:002009-05-27T19:31:56.968-07:00Depender, que coisa difícil. Quero, aliás, exijo minha liberdade. Minhas ligações, minhas contas... elas realmente precisam ser minhas. Não preciso de asa nenhuma para me acolher, preciso, na verdade, de ousadia para encarar o mundo, mas algo me prende de uma maneira tão forte que não consigo respirar completamente, não consigo sair dessa cerquinha que insiste em ficar lá. Grr, tudo isso parece até coisa de adolescente rebelde... bom, talvez seja mesmo.J. Lirahttp://www.blogger.com/profile/12676190008960868079noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-6581292205101418565.post-89540567275880542052009-05-21T11:56:00.000-07:002009-05-21T12:10:38.087-07:00Paaaaarem o tempo que eu quero sol.Preciso decididamente de sol. Adorei toda essa chuva, me confortou, embalou ótimos momentos desse começo de ano, lavou algumas mágoas, trouxe outros alegrias do céu mas... deu! Não aguento mais esse pinguinhos na cara que insistem em fazer tortura chinesa, esse cheiro horrível de mormaço, essa umidade sem fim que deixa tudo fedendo e cheio de mofo. NÃO, já não dá mais, definitivamente. Preciso parar de espirar, preciso ver minhas roupas pretas realmente PRETAS, sem manchinhas brancas capazes de me deixar sem vontade de fazer nada, preciso parar de andar com o maldito guarda-chuva(já carrego coisas demais em minhas mãos). Nunca pensei que essas idéias sairiam da minha cabeça mas nada me conforma mais ultimamente do que pensar em uma bela praia radiaaaante de sol. Chuva me deixa com depressão... chuva é uó! Preciso estar aí, já:<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_au3wkZpaXlw-QeAf4Op1thaJVKt-yEHmZpzpY5tKLDFSd1TsTT1oDoOqGZRkZ57DtxudrrwGOVUs-llRmiyYi3G0WgwepCeN9y2neXCUur5iImJGX7pSTRzrEjJTzsyYwcJTIyJetdjn/s1600-h/praia-da-pipa.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px; height: 209px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_au3wkZpaXlw-QeAf4Op1thaJVKt-yEHmZpzpY5tKLDFSd1TsTT1oDoOqGZRkZ57DtxudrrwGOVUs-llRmiyYi3G0WgwepCeN9y2neXCUur5iImJGX7pSTRzrEjJTzsyYwcJTIyJetdjn/s320/praia-da-pipa.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5338355680681765026" border="0" /></a>J. Lirahttp://www.blogger.com/profile/12676190008960868079noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6581292205101418565.post-5119677487165871292009-05-21T11:50:00.000-07:002009-05-21T11:50:39.774-07:00Ainda vivo(e muito).<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhY3jO-W2HJEr4Q0H-d5SD-wO8o4llny2N7arWP6wA_f4UmDJzm3AAKxiEPm6qE4Yq2RsXvEkzWn9SxxedV9yLI7f9xgW9x7-cATZwdSxNEobPFb80OXF_Yveq_6pqZWKD5r2T7GZM0bAzO/s1600-h/DSCF1099.JPG"><img alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhY3jO-W2HJEr4Q0H-d5SD-wO8o4llny2N7arWP6wA_f4UmDJzm3AAKxiEPm6qE4Yq2RsXvEkzWn9SxxedV9yLI7f9xgW9x7-cATZwdSxNEobPFb80OXF_Yveq_6pqZWKD5r2T7GZM0bAzO/s400/DSCF1099.JPG" border="0" /></a><div style='clear:both; text-align:NONE'><a href='http://picasa.google.com/blogger/' target='ext'><img src='http://photos1.blogger.com/pbp.gif' alt='Posted by Picasa' style='border: 0px none ; padding: 0px; background: transparent none repeat scroll 0% 50%; -moz-background-clip: initial; -moz-background-origin: initial; -moz-background-inline-policy: initial;' align='middle' border='0' /></a></div>J. Lirahttp://www.blogger.com/profile/12676190008960868079noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6581292205101418565.post-47288969926092272912009-04-08T11:11:00.000-07:002009-04-08T11:12:47.478-07:00Stand by Me<object width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/_A_ma2h0idk&color1=0xb1b1b1&color2=0xcfcfcf&hl=pt-br&feature=player_embedded&fs=1"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/_A_ma2h0idk&color1=0xb1b1b1&color2=0xcfcfcf&hl=pt-br&feature=player_embedded&fs=1" type="application/x-shockwave-flash" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object><br /><br />Such a universal thing!J. Lirahttp://www.blogger.com/profile/12676190008960868079noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-6581292205101418565.post-78554766320950597652009-04-02T19:47:00.000-07:002009-04-05T11:02:09.395-07:00"Uma mãe dá à luz duas vezes: uma quando o filho nasce, outra quando ele cresce (e esta é a ainda mais dolorosa)."<br /><br />(<em>Cazuza - O Tempo Não Para)</em>J. Lirahttp://www.blogger.com/profile/12676190008960868079noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6581292205101418565.post-88351017514697913362009-03-24T19:20:00.000-07:002009-03-25T11:35:08.835-07:00<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgw0xUmhsWgr_-QkTZFQGg_g89DLD8bNTs3QOadYmOyZvaY3qrIU5QuAAA3jhMafejdXI8voedUb1UhTVsbbYTz8Rapy6i92yDFndaWqkGY-0u9dWpy_iA3HsLBL8C7UToWEpKhqMnPmwsU/s1600-h/diversas+005.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgw0xUmhsWgr_-QkTZFQGg_g89DLD8bNTs3QOadYmOyZvaY3qrIU5QuAAA3jhMafejdXI8voedUb1UhTVsbbYTz8Rapy6i92yDFndaWqkGY-0u9dWpy_iA3HsLBL8C7UToWEpKhqMnPmwsU/s320/diversas+005.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5316950353144089362" border="0" /></a><br />"[...]É... quando se é para viver mesmo a gente nasce de novo, vira fênix, que surge das cinzas e voa o mais alto possível.<br />Eu me encontrei. Esta nova vida, juntamente com a outra, fatídica, irá me acompanhar, por mais incrível que pareça, até o final, a morte; e, acreditem, eu nunca fui tão grato a Deus."<br /><br /> Trecho de Carta ao amor<br /><br />=)J. Lirahttp://www.blogger.com/profile/12676190008960868079noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-6581292205101418565.post-85404930890274222952009-03-11T11:13:00.001-07:002009-03-11T11:15:22.664-07:00<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8J_tb3jcCPab8jsIGEt933BrTlKkdcv1d_2RckW7Zpx1rABL5wNmc-xtNSSQQkzHwpYl4a7b0W1mX6cuX3X6SQau0LbJoG2jeF_cdYnvPh4-gNpZjs3_hnY5tB1UgtVuLysJAa7XNs-nS/s1600-h/grava%C3%A7%C3%A3o+tapeba+0071.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 304px; height: 385px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8J_tb3jcCPab8jsIGEt933BrTlKkdcv1d_2RckW7Zpx1rABL5wNmc-xtNSSQQkzHwpYl4a7b0W1mX6cuX3X6SQau0LbJoG2jeF_cdYnvPh4-gNpZjs3_hnY5tB1UgtVuLysJAa7XNs-nS/s320/grava%C3%A7%C3%A3o+tapeba+0071.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5311995318816934338" border="0" /></a><br />... mas pode me chamar de Jamal Malik.J. Lirahttp://www.blogger.com/profile/12676190008960868079noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-6581292205101418565.post-46191602742290420952009-03-10T20:19:00.000-07:002009-03-10T21:38:19.313-07:00Índio ensina branco.<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhQNFKF_vchamwlznzsiBGTjVv87sUFjkn8Sd7Goaw38LDDRQxlvkRDJxOJiDBvPTbYFTuLQ7-bZH0iABOgdfG9nxCHYvDeT9JSU0m70aaNXH6Dsw7uh8IbweMCKbv0szCbZKFpuPaTNOJ/s1600-h/grava%C3%A7%C3%A3o+tapeba+020-1.jpg"><img style="margin: 0pt 0pt 10px 10px; float: right; cursor: pointer; width: 225px; height: 150px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhQNFKF_vchamwlznzsiBGTjVv87sUFjkn8Sd7Goaw38LDDRQxlvkRDJxOJiDBvPTbYFTuLQ7-bZH0iABOgdfG9nxCHYvDeT9JSU0m70aaNXH6Dsw7uh8IbweMCKbv0szCbZKFpuPaTNOJ/s320/grava%C3%A7%C3%A3o+tapeba+020-1.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5311784690453248290" border="0" /></a><br />Um dia de muitas sensações: Alegria, surpresa, contentamento, contemplação, cansaço, náusea, tristeza, ansiedade, dúvida, medo, frustração...<br />Um dia de muitas vivências. Convivi com pessoas incríveis. Humildes, talvez sem a certeza de um amanhã farto, mas cheios de amor no coração, uma alegria "de graça", independente de QUALQUER coisa - ainda aprenderei a ser assim. Uma disposição e uma atitude de servos que me constrangeu profundamente. Me encantei com essas pessoas, ouvi suas histórias... as mesmas que foram hoje escritas e enviadas para o "Gugu", por vontade deles. Sempre tive um grande preconceito sobre os índios. Gravei umas cenas numa localidade lá em Caucaia. No finalzinho da tarde, ao término da gravação, é que vim descobrir que ali era uma reserva indígena, pertencente à tribo tapeba. Como minha visão de mundo foi mais uma vez derrotada! Tudo aquilo que falei no começo do post me fez refletir sobre meus conceitos. Que inveja que senti daquela vida mansa, alegre, sem abundância alguma, sem necessidade de qualquer bem supérfluo. Famílias unidas, tão ansiosas em manifestar amor. Olhos atentos na gente, com todo aquele aparato de cabos, luzes, câmeras. Pareciam espiar um blockbuster.<br /><br />Aaai... não queria ter escrito sobre isso, ou até queria, mas apenas uma simples menção. Há tanta coisa pra se escrever sobre hoje. Acabei enveredando por aí, acho que foi o que mais me marcou e também, talvez, o que eu precise me lembrar pra saber como minha vida deve ser, como eu me preocupo com besteira. Talvez preciso encerrar minha noite com os pensamentos lá nos tapebas, buscando seus ensinamentos de vida. Assim eu não me preocupo com as coisas do mundo dos brancos.J. Lirahttp://www.blogger.com/profile/12676190008960868079noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6581292205101418565.post-26707168864686638432009-03-01T19:58:00.000-08:002009-03-01T20:04:43.392-08:00- Vida injusta!<br />- Injusta é a vida quando você não está por perto, meu bem.<br />- Não, isso não é injustiça. Na verdade, isso nem vida é.<br /><br /><br />Assim minha noite é encerrada com a certeza de paz dentro de mim.J. Lirahttp://www.blogger.com/profile/12676190008960868079noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-6581292205101418565.post-6251547606095821462009-01-30T09:08:00.000-08:002009-01-30T09:10:54.574-08:00Vamos à praia?Vamos à praia? Ainda é cedo, não trabalhamos amanhã, a lua está linda... motivos não faltam. Vamos, depois deixo você em casa. Quero aproveitar estes últimos momentos antes que a vida real comece novamente. Quero me aventurar, sair do carro descalço, apenas de bermuda e uma blusa qualquer - talvez até troque de roupa no próprio carro, enquanto você dirige... vou para o banco de trás e aí faço isso. Quero pisar no chão daquela tão famosa praia, rir com os olhares de estranhos se perguntando o que iremos fazer vestidos daquele jeito, feito dois menores abandonados despejados na rua. Quero pisar naquela areia firme e gelada. Sabia que ela, às vezes, me faz até massagem? Fico lá, parado, enquanto a natureza se encarrega de me confortar, com a água do mar vindo e fazendo a areia moldar-se ao redor dos meus pés. Andaremos um pouco, escolheremos o melhor lugar para deixar a chave do carro e aí aquele mar, aquela imensidão, será nosso, só nosso. Pode apostar... lá na praia seremos só eu e você - em dia de semana é bem raro encontrar alguém passeando. Ah, e com certeza seremos os únicos a se aventurar nas águas tão escuras da noite. Aposto que você vai gostar. Irá refrescar, nos aproximar ainda mais, ver o que é eterno em tudo aquilo e entre nós. Também dizem que o sal tem um poder incrível de revitalizar as energias. Eu já consigo crer nisso, depois de algumas experiência bem sucedidas sobre o assunto. Acho que é hora de você também provar. Mais tarde, ao telefone, quando já estivermos em nossas casas, você me comprovará isso. Me dirá que se sente leve, purificado, amado. Terá a sensação de que passara os últimos três dias em um spa. Será (mais) um ótimo momento entre nós. Mais um dentre tantos outros inesquecíveis desde já. Vamos, por favor! Bom, o pedido está feito. Aliás, posso mudá-lo um pouco? Hmm... vamos à praia sempre? Todos os dias, nem que seja só através do fechar dos olhos e do imaginar em como será essa nossa noite. Reviver através da memória aquilo que viveremos dentro de alguns minutos, se você aceitar meu convite, claro. Sabe o que é? É que sinto que encontrarei meu refúgio ali, com você e aquele oceano. Confia nos meus sentidos, vai. Esta noite será mais especial do que todas as outras. Acredite...</span>J. Lirahttp://www.blogger.com/profile/12676190008960868079noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-6581292205101418565.post-81551692264707539202009-01-07T19:43:00.000-08:002009-01-07T19:55:44.147-08:00Nesta noite dei uma passeada por blogs de amigos que não lia a tempos. Fiquei surpreso e feliz, muito feliz, com uma constatação: a grande maioria abordava o amor-próprio, a alegria irradiante que vem de dentro, da alma. Dois mil e nove veio cheio de amor. Não é aquele clichê de "desejar muito amor" - geralmente quando pronunciamos esta frase estamos nos referindo a um amor romântico, de namorados. Mas este novo ano trouxe o maior dos amores, a paixão que deveria ser mais avassaladora: a nossa própria paixão. Todos pararam um pouco pra pensar. "Dois mil e oito foi bom, foi ruim, foi mais ou menos...", mas o importante é que todos olharam pra frente e disseram "é... eu me amo tanto". Estamos em paz com nossos espíritos, nos amamos, nos possuímos. Nossos espelhos refletem pessoas lindas. Vamos deixar os defeitos para uma outra ocasião, eles são, desprezíveis nessa etapa do auto-conhecimento. Elogiemo-nos, apreciemos nossos corpos, nossos sorrisos, nossos olhares cheios de segundas intenções. Esta é a hora de se valorizar. Dois mil e nove chega com essa idéia. Eu a achei bem-vinda, muito. <br /><br />Queridos, nos amemos. <br /><br />Acho que esse é meu voto maior para este ano.J. Lirahttp://www.blogger.com/profile/12676190008960868079noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-6581292205101418565.post-53065277544805953622008-12-25T17:53:00.000-08:002008-12-25T18:00:13.859-08:00Iiiih... confusões. Porque nossa cabeça não pode ser mais prática, segura? Alimenta-se aqui e a fome espalha-se ali. Tenta equilibrar a balança, deixar tudo em mãos, pra quando precisar... mas que nada, nunca conseguimos esse equilíbrio mesmo. Resta fechar os olhos, ouvir aquele maldito coração e saltar rumo ao escuro. Não se sabe onde vai dar, mas é como ouvi ontem de um um homem sábio de meia-idade: "Entregue-se. Viva a vida e admita os riscos, sejam quais forem". Ele já viveu bem mais que eu. Certamente sabe um pouco mais o poder da frase "assuma os riscos". É... preciso viver, deixar a vida ir trassando meu caminho, minhas paixões, meus desejos. Por que é tão difícil soltar a direção?!J. Lirahttp://www.blogger.com/profile/12676190008960868079noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-6581292205101418565.post-32295807446472935172008-12-15T08:32:00.000-08:002008-12-15T08:33:25.455-08:00"A minha hora ainda não chegou. Mas eu acredito que chegará.<br />Não importa se hoje algo deu errado, isso não significa que amanhã tudo vai desabar ou que tudo vai dar certo.<br />O que importa é que eu ainda estou aqui para ir descobrindo que novas coisas irão acontecer na minha vida, e que eu posso até me surpreender com uma maré de sorte que pode vir vindo."<br /><br />Retirado de biaguedes.blogpost.com<br /><br /><span style="font-style:italic;">Porquê tens os pensamentos iguais aos meus, companheira.</span>J. Lirahttp://www.blogger.com/profile/12676190008960868079noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-6581292205101418565.post-23993099514211304182008-12-10T10:36:00.000-08:002008-12-10T10:58:02.305-08:00Figuras de linguagens passaram a me trazer medo, muito medo. Tudo começou com frases hiperbólicas, as maiores e mais exageradas. Sempre começa assim. Quando não se pensa, ou até mesmo quando isso acontece, não há como fugir. O medo de se entregar é grande. Vem as dúvidas, os questionamentos. Aí, aos poucos, você vai se levando, deixando-se guiar pelas próprias vontades errôneas do corpo. Surgem aquelas junções de palavras eternas, juras divinas, certezas inquebráveis. Então, vive-se. Há os encatamentos, os sorrisos, as metragens em amor. Pensa-se nas estações que estão por vir. Imagina ser eterno, firme, constante. E aí morre de amar mais do que pôde. Após certo tempo descobre-se que a morte era algo que, de tão simbólico, era irrisório. A realidade surge, juntamente com as novas frases, dessa vez eufemísticas. Dizer tudo para se entender nada... dizer nada para se entender tudo. Cabe aí a hermenêutica adquirida com a vivência. Com ela, interpretamos o outro, entre linhas ou diretamente. No começo não se quer compreender, fecha os olhos, pensa que vai morrer. No final, suspira, abre os olhos, as lágrimas caem, o coração aperta, sente, esperneia, finge, cai no chão... Não há como mudar isso. Resta sentar, buscar um colo, aceitar, deixar toda aquela dor ir consumindo aos poucos. Pensa que não vale mais à pena reconstruir, tentar novamente. Resta respirar, esperar que a dor passe. Que novos ventos apareçam e tragam a certeza de que minha mão está errada, de que as linhas mudem conforme o tempo e vire algo forte... que o amor seja algo forte. O luto passou. As dores continuam. A vida também. E assim vou caminhando, esperando tudo aquilo recomeçar e as frases hiperbólicas me cegarem(ou não) de novo.J. Lirahttp://www.blogger.com/profile/12676190008960868079noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-6581292205101418565.post-2896224039878506352008-12-09T20:14:00.001-08:002008-12-09T20:15:08.224-08:00<span style="font-weight:bold;">NFGD?</span>J. Lirahttp://www.blogger.com/profile/12676190008960868079noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-6581292205101418565.post-51753787905865699462008-11-24T07:55:00.000-08:002008-11-24T08:03:20.195-08:00<meta equiv="Content-Type" content="text/html; charset=utf-8"><meta name="ProgId" content="Word.Document"><meta name="Generator" content="Microsoft Word 11"><meta name="Originator" content="Microsoft Word 11"><link rel="File-List" href="file:///C:%5CDOCUME%7E1%5Cgeral%5CCONFIG%7E1%5CTemp%5Cmsohtml1%5C01%5Cclip_filelist.xml"><!--[if gte mso 9]><xml> <w:worddocument> <w:view>Normal</w:View> <w:zoom>0</w:Zoom> <w:hyphenationzone>21</w:HyphenationZone> <w:punctuationkerning/> <w:validateagainstschemas/> <w:saveifxmlinvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid> <w:ignoremixedcontent>false</w:IgnoreMixedContent> <w:alwaysshowplaceholdertext>false</w:AlwaysShowPlaceholderText> <w:compatibility> <w:breakwrappedtables/> <w:snaptogridincell/> <w:wraptextwithpunct/> <w:useasianbreakrules/> <w:dontgrowautofit/> </w:Compatibility> <w:browserlevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel> </w:WordDocument> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:latentstyles deflockedstate="false" latentstylecount="156"> </w:LatentStyles> </xml><![endif]--><style> <!-- /* Style Definitions */ p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal {mso-style-parent:""; margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:12.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";} @page Section1 {size:612.0pt 792.0pt; margin:70.85pt 3.0cm 70.85pt 3.0cm; mso-header-margin:36.0pt; mso-footer-margin:36.0pt; mso-paper-source:0;} div.Section1 {page:Section1;} --> </style><!--[if gte mso 10]> <style> /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:10.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-ansi-language:#0400; mso-fareast-language:#0400; mso-bidi-language:#0400;} </style> <![endif]--><meta equiv="Content-Type" content="text/html; charset=utf-8"><meta name="ProgId" content="Word.Document"><meta name="Generator" content="Microsoft Word 11"><meta name="Originator" content="Microsoft Word 11"><link rel="File-List" href="file:///C:%5CDOCUME%7E1%5Cgeral%5CCONFIG%7E1%5CTemp%5Cmsohtml1%5C01%5Cclip_filelist.xml"><!--[if gte mso 9]><xml> <w:worddocument> <w:view>Normal</w:View> <w:zoom>0</w:Zoom> <w:hyphenationzone>21</w:HyphenationZone> <w:punctuationkerning/> <w:validateagainstschemas/> <w:saveifxmlinvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid> <w:ignoremixedcontent>false</w:IgnoreMixedContent> <w:alwaysshowplaceholdertext>false</w:AlwaysShowPlaceholderText> <w:compatibility> <w:breakwrappedtables/> <w:snaptogridincell/> <w:wraptextwithpunct/> <w:useasianbreakrules/> <w:dontgrowautofit/> </w:Compatibility> <w:browserlevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel> </w:WordDocument> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:latentstyles deflockedstate="false" latentstylecount="156"> </w:LatentStyles> </xml><![endif]--><style> <!-- /* Style Definitions */ p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal {mso-style-parent:""; margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:12.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";} @page Section1 {size:612.0pt 792.0pt; margin:70.85pt 3.0cm 70.85pt 3.0cm; mso-header-margin:36.0pt; mso-footer-margin:36.0pt; mso-paper-source:0;} div.Section1 {page:Section1;} --> </style><!--[if gte mso 10]> <style> /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:10.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-ansi-language:#0400; mso-fareast-language:#0400; mso-bidi-language:#0400;} </style> <![endif]--> <p class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;font-family:arial;"><span style="font-size:100%;"><span style="font-weight: bold; font-style: italic;">A</span>pós um longo dia, Amadeu sentara-se. Escolheu a poltrona mais confortável que havia comprado. Colocou-a bem no meio da sala de estar, num lugar onde possibilitava contemplar toda a vista de sua mais nova aquisição. Enfim havia comprado aquele apartamento dos sonhos. Duas suítes, que seriam mal utilizadas, já que era solteiro e dormia raríssimas vezes em casa devido a seu exaustivo trabalho na multinacional, três banheiros, uma cozinha americana, uma ampla sala que deveria se desacostumar da idéia de receber muitas pessoas – Amadeu nunca se permitira ser muito expansivo e simpático – e uma modesta varanda com um acabamento rústico de tijolo queimado se mesclando à modernidade da mesinha de centro em aço escovado. Um arquiteto fora contratado para trabalhar até nos mínimos detalhes. Amadeu tinha a ambição de constituir realmente sua vida ali. Vida esta que seria uma incógnita até mesmo para aqueles íntimos amigos. Tudo ali estava sendo preparado para duas pessoas, embora Amadeu sempre tivesse demonstrado que nascera para viver sozinho e feliz. Parecia até que ele podia sentir o futuro. Sentir o que estava por vir, logo.</span><span style="font-size:100%;"> </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;font-family:arial;"><span style="font-size:100%;">Sentado, ali no meio da sala, pernas descansando na mesinha de centro, braços fazendo uma base para melhor apoiar a cabeça reclinada, olhos fechados. Uma mistura de êxtase, satisfação e alegria lhe completavam de uma forma nunca antes vista. Tudo isto porque, apesar de tudo, Amadeu era uma pessoa fácil de se contentar - um mero arco-íris ao nascer do dia poderia dar uma camuflada em todos os problemas da noite anterior.
<br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;font-family:arial;"><span style="font-size:100%;">Escolhera um bairro calmo, longe do centro e da agitação da cidade. Por esse motivo pouco se ouvia de qualquer coisa. Apenas alguns grilos, umas poucas buzinas de alerta e o som muito baixo de alguma tv anunciando as notícias do dia. Após alguns minutos mergulhado nessa tranqüilidade Amadeu ouve um acorde. Embora tivesse uma base musical pouco aguçada, com o histórico de apenas uns cinco meses no conservatório municipal, Amadeu soubera distinguir muito bem o que ouvira. Era um acorde de <span style="font-style: italic;">ré</span>. Ele solfejara para si mesmo: <span style="font-style: italic;">ré...fá...lá</span>. Perguntara-se de que diabos surgiu isso. Aquele acorde esparso, solitário, trouxe-o de volta ao seu apartamento cheirando a tinta. O som vinha de perto. Aí continuou, aquilo, que depois Amadeu reconhecera que era um piano. Vários acordes foram sendo fabricados, um mais bonito que o outro. Haviam variações. Bemoles e sustenidos eram utilizados. Uma pausa bonita. Uma métrica bem acabada. Ele nunca ouvira aquela música antes, mas o havia abalado com tamanha grandeza, como se estivesse ouvindo a canção de sua vida codificada em uma partitura ou então na cabeça de um gênio desconhecido, e seu vizinho.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;font-family:arial;">
<br /></p><p class="MsoNormal" face="arial" style="text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size:100%;">Continua.
<br /></span></p> J. Lirahttp://www.blogger.com/profile/12676190008960868079noreply@blogger.com22tag:blogger.com,1999:blog-6581292205101418565.post-37832754960212942642008-10-23T10:06:00.000-07:002008-10-23T10:08:00.677-07:00<object width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/JU2hV-tGiZU&color1=0xb1b1b1&color2=0xcfcfcf&hl=pt-br&fs=1"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/JU2hV-tGiZU&color1=0xb1b1b1&color2=0xcfcfcf&hl=pt-br&fs=1" type="application/x-shockwave-flash" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object><br /><br /><br />Achei esse video sensacional. Tinha que compartilhar aqui.<br />Caso a legenda não apareça, selecione-a clicando no canto inferior direito da tela.J. Lirahttp://www.blogger.com/profile/12676190008960868079noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6581292205101418565.post-30813155701003144012008-10-21T10:43:00.000-07:002008-10-21T11:03:59.485-07:00<span style="font-size:130%;"><span style="font-family:arial;"><span style="font-weight: bold; font-style: italic;font-size:180%;" >N</span>ão, não estou bem! Constatei hoje mesmo, após passar dias evitando pensar nisso. Estou a mil, respirando através de um balão de oxigênio para ver se me sobra mais ar. Ando sem paciência, estressado e com vontade de jogar tudo pro ar. Algumas coisas já joguei, enquanto penso no que irei fazer com as outras. Preciso de um descanso, preciso da minha vida normal, minha. Estou sem rumo definido, perdido em meio a milhões de sentimentos. Alguns justos, outros egoístas, outros vingativos. O que eu ando fazendo? Como vim parar aqui? Pensamentos vingativos?! De onde surgiu isso? Preciso acabar logo com essas dúvidas afim de buscar uma solução pra isso tudo... Afinal, quem são as pessoas pra mim? O que elas representam? Elas me têm como o quê? E o que eu sou para as pessoas? Como me comporto? O que eu passo? Isso nunca me aconteceu antes. Sempre tive tudo sob controle. Sempre tive todo o "poder" em minhas mãos para controlar aquilo que sinto ou deixo de sentir. Mas agora a mesa virou? Não controlo meus instintos. Eu falo, grito, choro, corto, canto, atuo. Tudo está elevado, tudo está à flor da pele. À noite, me escondo nas essências, nas velas e nos sons sintetizados. Procuro parar de pensar sequer um segundo mas é tudo em vão. Me reviro na cama até esses tais pensamentos não resistirem mais ao sono. Vem em minha cabeça a rotina das obrigações: "você precisa acordar cedo", "não falte em suas responsabilidades", "uma faculdade lhe espera". Preciso subir à superfície. Mas é como ouvi em um texto de uma peça de teatro: "<span style="font-style: italic;">às vezes é preciso ir ao fundo do mar pra saber o que existe fora dele</span>".<br /><br />Ps.: Acho que nunca escrevi um post tão sincero...<br /></span></span>J. Lirahttp://www.blogger.com/profile/12676190008960868079noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-6581292205101418565.post-66439813673415027992008-10-11T07:39:00.001-07:002008-10-11T07:39:48.502-07:00<object width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/OBEOaxnmr6c&hl=pt-br&fs=1&color1=0x2b405b&color2=0x6b8ab6"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/OBEOaxnmr6c&hl=pt-br&fs=1&color1=0x2b405b&color2=0x6b8ab6" type="application/x-shockwave-flash" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object>J. Lirahttp://www.blogger.com/profile/12676190008960868079noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-6581292205101418565.post-14282776209638478882008-10-07T13:06:00.000-07:002008-10-07T13:18:47.225-07:00<span style="font-size:130%;"><span style="font-family: arial;"><span style="font-weight: bold; font-style: italic;font-size:180%;" >Q</span>uem diria... Hoje tenho mais certeza daquela velha expressão: "A arte imita a vida e a vida imita a arte". "O Mark faz é se esconder", diz o roteiro de Rent. Pois tenho a impressão de que, seguindo a mesma lógica, o Júlio faz é se esconder através do Mark. Há alguns dias notei como é bom viver camuflado, viver a vida de outra pessoa, mesmo que essa vida seja apenas uma mera ficção. O Mark tem suas dores mas eu não as sinto tão profundamente, afinal, só preciso encará-las durante duas horas por dia. Ele também sonha, ama, chora, brinca, magoa e é magoado mas eu já sei o caminho e o futuro disso tudo, basta ler o roteiro, decorar as falas, que no final o autor sempre dá um jeitinho de ficar tudo bem. Já com o Júlio a coisa é diferente. Ele não sabe o que fazer, na maioria das vezes. Ele é tão indeciso, tão superficial pra tantas coisas. As suas dores são sentidas segundo à segundo, gota à gota. E não há como fugir. Ele até tenta não encará-las, fingir que tais dores não existem(principalmente quando ele não é mais o Júlio, e sim o Mark) mas depois tudo volta ao normal e, talvez, com mais força. Ah... o Júlio não veio com um roteiro, seu Autor ainda escreve cada palavra, desfrutando do prazer da auto-determinação. Não sei dizer as palavras certas, não sei como vai terminar minha vida nem esse texto. Que frustrante!</span></span><br /><br /><span style="font-style: italic;">[Vejam só </span><br /><span style="font-style: italic;"> Que história boba eu tenho pra contar </span><br /><span style="font-style: italic;"> Quem é que vai querer acreditar </span><br /><span style="font-style: italic;"> Eu sou palhaço sem querer </span><br /> <br /><span style="font-style: italic;"> Vejam só </span><br /><span style="font-style: italic;"> Que coisa incrível o meu coração </span><br /><span style="font-style: italic;"> Todo pintado nessa solidão </span><br /><span style="font-style: italic;"> Espera a hora de sonhar </span><br /><span style="font-style: italic;"> Ah, o mundo sempre foi </span><br /><span style="font-style: italic;"> Um circo sem igual </span><br /><span style="font-style: italic;"> Onde todos representam o bem e o mal </span><br /><span style="font-style: italic;"> Onde a farsa de um palhaço é natural </span><br /> <br /><span style="font-style: italic;"> Ah, no palco da ilusão </span><br /><span style="font-style: italic;"> Pintei meu coração </span><br /><span style="font-style: italic;"> Entreguei o amor e o sonho sem saber </span><br /><span style="font-style: italic;"> Que o palhaço pinta o rosto pra vive</span>r<br /><span style="font-style: italic;">...]</span><br /><br />Sonhos de um palhaço - Antônio MarcosJ. Lirahttp://www.blogger.com/profile/12676190008960868079noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-6581292205101418565.post-73263664536357596772008-10-06T07:04:00.000-07:002008-10-06T07:07:12.321-07:00<span style="font-size:130%;"><span style="font-family:arial;">- <span style="font-size:180%;">O</span> crepúsculo, de novo - murmurou ele. - Outro fim. Mesmo que o dia seja perfeito, sempre tem um fim.</span><br /><span style="font-family:arial;">- <span style="font-style: italic;">Algumas coisas não precisam terminar</span> - sussurrei, tensa de imediato.</span><br /><span style="font-family:arial;">Ele suspirou.<br /><br />(Crepúsculo - Stephenie Meyer)<br /></span></span>J. Lirahttp://www.blogger.com/profile/12676190008960868079noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6581292205101418565.post-62108679989956790782008-09-29T13:27:00.000-07:002008-09-29T13:30:07.444-07:00<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNkfFODhMk8I95MSsOhvP_z9cqfGp37SCMo4Y-KcNWj7Q6Mj3qvf3-okI5XXCVhHiPdsH5Fem0wElbnWTg91d6M7S59-nAf5z4cR-fWpaYBT9Spxx7GpuVsgIeZ-1XZ8jwtfBk2DCQMZWV/s1600-h/ATgAAACityDEWIu312MIK_Qzud5Q-x0I2EJAB_mI3mZ37mjSJbCILfw01Ggxp0qvo0rz-G3cuwlBH1LmLv-VcCLtd4gSAJtU9VClaH-cLSVvV9V-bkFvHbZmraQ8Aw.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNkfFODhMk8I95MSsOhvP_z9cqfGp37SCMo4Y-KcNWj7Q6Mj3qvf3-okI5XXCVhHiPdsH5Fem0wElbnWTg91d6M7S59-nAf5z4cR-fWpaYBT9Spxx7GpuVsgIeZ-1XZ8jwtfBk2DCQMZWV/s400/ATgAAACityDEWIu312MIK_Qzud5Q-x0I2EJAB_mI3mZ37mjSJbCILfw01Ggxp0qvo0rz-G3cuwlBH1LmLv-VcCLtd4gSAJtU9VClaH-cLSVvV9V-bkFvHbZmraQ8Aw.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5251542989182426818" border="0" /></a><br /><br /><div style="text-align: center;"><span style="font-style: italic;font-size:130%;" ><span style="font-family: arial;">"...<span style="font-size:180%;"><span style="font-weight: bold;">e</span></span> sem roteiro eu vou filmar, enfim."</span></span><br /></div>J. Lirahttp://www.blogger.com/profile/12676190008960868079noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-6581292205101418565.post-58292809089822027002008-09-28T18:17:00.000-07:002008-09-28T18:26:36.520-07:00<span style="font-size:130%;"><span style="font-family:arial;"><span style="font-weight: bold; font-style: italic;font-size:180%;" >H</span>oje compreendi que não vivencio minha insanidade sozinho. Compreendi que palavras sem sentido tendem a fazer ainda mais nexo, já que elas podem se tornar um quebra-cabeça de interpretações variadas, das mais simplórias às complexas. Compreendi que, assim como Aristóteles pensava que o homem não poderia viver sem o contato físico entre seus semelhantes, ele também não pode viver sem a ligação psicológica, a ligação dos pensamentos, dúvidas, anseios, indagações, angústias, medos... Como é prazeroso saber que não estou só nesse barco, saber que ainda uma meia dúzia de humanos podem vir a convergir em certas "viagens" que faço por aqui. Por fim, compreendi como é magnífico escrever, expor aquilo que penso, da necessidade de cantar aos esquecimentos decorrentes de lembretes de voz. Bem que minha terapeuta disse(como se tivesse uma... estou batendo demais nessa tecla da terapia, chego a duvidar se não é um anseio meu, rs).</span></span>J. Lirahttp://www.blogger.com/profile/12676190008960868079noreply@blogger.com5