quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Quando se está assim.

Quando se está assim tem mesmo é que chorar. Que escutar Maria Bethânia, Rufus Wainwright e Coldplay. Chorar até secar. Aí depois só fica o coração apertado e a cabeça movimentando-se em círculos. Tem que perdoar e liberar perdão. Tem que pensar nas coisas boas e digerir as ruins, pintando-as com cores neutras, para que quase não as perceba mais.

De repente ainda sentirá algumas pontadas. Nesse instante, o coração para, a respiração trava e tudo parece não ter mais sentido, mas aí eu respiro forte, deixo o ar do mundo abrir caminho por dentro de mim por alguns instantes e depois o liberto, levando a dor consigo... por alguns tempos.

Aí eu espaireço, passeio, assisto filmes, leio livros. Tento. Tento fazer tudo isso. Em raros momentos eu consigo. Mas é assim mesmo. Não é um vício? Pois então..."um dia de cada vez".

Dor? Tem pra quem quiser!
Mágoa? Nenhuma.
Arrependimento? Tem o necessário.
Amor?


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Chora, desabafa seu peito,
Chora, você tem o direito,
Se tratando de amor
qualquer um pode chorar.
Não se envergonhe do pranto que é
privilégio de quem sabe amar

Quem não teve amor nunca sofreu,
E desconhece o que é agonia.
Abra o peito e deixe o pranto livre como eu
Ah, desabafe a melancolia.


(Chora - Elza Soares)

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Onde está tudo?

Fazia tempo que não passava por aqui. Esse é meu refúgio em dias ruins. Aqui eu paro pra lembrar quem eu já fui, o que já pensei. Aqui eu vejo que consegui superar meu penúltimo relacionamento, vejo que cresci, vejo que erro menos gramática, que mudo meu jeito de escrever.

Não vou faltar com a verdade: vim aqui para ler o primeiro post (e acho que último que escrevi por aqui) falando sobre uma maravilhosa noite: lua cheia, praia, brisa suave e tanta descoberta e amor e paz e sensação de completude. Acabei de ler algumas crônicas da Tati Bernardi e agora só precisava ler este meu texto, mas eu o apaguei. EU O APAGUEI!! E quase não me perdoo por isso. Acho que foi em alguma briguinha, em algum momento de raiva onde não pensei mais um pouquinho. Agora eu não me lembro, mas tenho certeza de que logo depois da merda feita, me arrependi e o fato já estava consumado. Agora me arrependo de novo, não tem problema. Me arrependo de tanta coisa.

Preciso chegar aqui, na minha casa, no meu mundo e ver que ainda, lá no fundo, apesar de todas as mudanças continuo o mesmo. Sofro muito, doe muito, choro muito, mas isso vai ter que passar. Nunca precisei escrever aqui antes porque, no fundo, sempre soube que iríamos voltar. Agora já não é mais assim. Estou mais consciente dos nossos erros. Percebo então que não adianta: cavamos o que tínhamos de cavar.

O problema, meus caros, é que eu fujo da dor. Odeio sofrer. Sabe... eu sei que todos odeiam, mas é que eu... é que eu não suporto mesmo. Não tenho chão pra isso. Parece até que fui construindo um Júlio que pudesse evitar possíveis sofrimentos (e nem adiantou, como agora vocês podem ver).

Eu sei que vou superar. Não vai ser a primeira vez, mas essa é diferente. Será que todas as vezes são diferentes? Eu me lembro de todas as dores que sofri em outros relacionamentos como se existisse uma gaveta especialmente pra elas, mas não lembro de sentir tudo isso. Ah... não sei.

Sei que agora eu quero estar em fevereiro de 2011. Três meses é o tempo perfeito pra tudo cicatrizar, pra ficar tudo no lugar. Agora é o tempo de anunciar promessas de "nunca mais". É tempo de esquecer a regra de ouro do "nunca" e realmente achar que o "nunca" realmente vai acontecer e você vai morrer lindo, solteiro e rrryco. É ser a "loirona gostosa e filha da puta" que a Bernardi fala. I wish...

Agora já estou melhor. Acho que consigo dormir.
Sabe... sabe quando chega a noite e você precisa ligar pra alguém?!
Seus amigos estão dormindo ou estão aconselhando o triste coração que é culpado por minha dor.
O tal triste coração está longe. Agora ele está apenas perdido em minhas lembranças.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Depender, que coisa difícil. Quero, aliás, exijo minha liberdade. Minhas ligações, minhas contas... elas realmente precisam ser minhas. Não preciso de asa nenhuma para me acolher, preciso, na verdade, de ousadia para encarar o mundo, mas algo me prende de uma maneira tão forte que não consigo respirar completamente, não consigo sair dessa cerquinha que insiste em ficar lá. Grr, tudo isso parece até coisa de adolescente rebelde... bom, talvez seja mesmo.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Paaaaarem o tempo que eu quero sol.

Preciso decididamente de sol. Adorei toda essa chuva, me confortou, embalou ótimos momentos desse começo de ano, lavou algumas mágoas, trouxe outros alegrias do céu mas... deu! Não aguento mais esse pinguinhos na cara que insistem em fazer tortura chinesa, esse cheiro horrível de mormaço, essa umidade sem fim que deixa tudo fedendo e cheio de mofo. NÃO, já não dá mais, definitivamente. Preciso parar de espirar, preciso ver minhas roupas pretas realmente PRETAS, sem manchinhas brancas capazes de me deixar sem vontade de fazer nada, preciso parar de andar com o maldito guarda-chuva(já carrego coisas demais em minhas mãos). Nunca pensei que essas idéias sairiam da minha cabeça mas nada me conforma mais ultimamente do que pensar em uma bela praia radiaaaante de sol. Chuva me deixa com depressão... chuva é uó! Preciso estar aí, já:

Ainda vivo(e muito).

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quarta-feira, 8 de abril de 2009

Stand by Me



Such a universal thing!

quinta-feira, 2 de abril de 2009

"Uma mãe dá à luz duas vezes: uma quando o filho nasce, outra quando ele cresce (e esta é a ainda mais dolorosa)."

(Cazuza - O Tempo Não Para)