sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Vamos à praia?

Vamos à praia? Ainda é cedo, não trabalhamos amanhã, a lua está linda... motivos não faltam. Vamos, depois deixo você em casa. Quero aproveitar estes últimos momentos antes que a vida real comece novamente. Quero me aventurar, sair do carro descalço, apenas de bermuda e uma blusa qualquer - talvez até troque de roupa no próprio carro, enquanto você dirige... vou para o banco de trás e aí faço isso. Quero pisar no chão daquela tão famosa praia, rir com os olhares de estranhos se perguntando o que iremos fazer vestidos daquele jeito, feito dois menores abandonados despejados na rua. Quero pisar naquela areia firme e gelada. Sabia que ela, às vezes, me faz até massagem? Fico lá, parado, enquanto a natureza se encarrega de me confortar, com a água do mar vindo e fazendo a areia moldar-se ao redor dos meus pés. Andaremos um pouco, escolheremos o melhor lugar para deixar a chave do carro e aí aquele mar, aquela imensidão, será nosso, só nosso. Pode apostar... lá na praia seremos só eu e você - em dia de semana é bem raro encontrar alguém passeando. Ah, e com certeza seremos os únicos a se aventurar nas águas tão escuras da noite. Aposto que você vai gostar. Irá refrescar, nos aproximar ainda mais, ver o que é eterno em tudo aquilo e entre nós. Também dizem que o sal tem um poder incrível de revitalizar as energias. Eu já consigo crer nisso, depois de algumas experiência bem sucedidas sobre o assunto. Acho que é hora de você também provar. Mais tarde, ao telefone, quando já estivermos em nossas casas, você me comprovará isso. Me dirá que se sente leve, purificado, amado. Terá a sensação de que passara os últimos três dias em um spa. Será (mais) um ótimo momento entre nós. Mais um dentre tantos outros inesquecíveis desde já. Vamos, por favor! Bom, o pedido está feito. Aliás, posso mudá-lo um pouco? Hmm... vamos à praia sempre? Todos os dias, nem que seja só através do fechar dos olhos e do imaginar em como será essa nossa noite. Reviver através da memória aquilo que viveremos dentro de alguns minutos, se você aceitar meu convite, claro. Sabe o que é? É que sinto que encontrarei meu refúgio ali, com você e aquele oceano. Confia nos meus sentidos, vai. Esta noite será mais especial do que todas as outras. Acredite...

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Nesta noite dei uma passeada por blogs de amigos que não lia a tempos. Fiquei surpreso e feliz, muito feliz, com uma constatação: a grande maioria abordava o amor-próprio, a alegria irradiante que vem de dentro, da alma. Dois mil e nove veio cheio de amor. Não é aquele clichê de "desejar muito amor" - geralmente quando pronunciamos esta frase estamos nos referindo a um amor romântico, de namorados. Mas este novo ano trouxe o maior dos amores, a paixão que deveria ser mais avassaladora: a nossa própria paixão. Todos pararam um pouco pra pensar. "Dois mil e oito foi bom, foi ruim, foi mais ou menos...", mas o importante é que todos olharam pra frente e disseram "é... eu me amo tanto". Estamos em paz com nossos espíritos, nos amamos, nos possuímos. Nossos espelhos refletem pessoas lindas. Vamos deixar os defeitos para uma outra ocasião, eles são, desprezíveis nessa etapa do auto-conhecimento. Elogiemo-nos, apreciemos nossos corpos, nossos sorrisos, nossos olhares cheios de segundas intenções. Esta é a hora de se valorizar. Dois mil e nove chega com essa idéia. Eu a achei bem-vinda, muito.

Queridos, nos amemos.

Acho que esse é meu voto maior para este ano.